Saltar para o conteúdo principal

Ambiente

 

Por: Vera Noronha *

Alpiarça é no contexto em que se insere de um distrito maioritariamente rural, um concelho onde a protecção e preservação do ambiente tem sido conseguida, com passos pequenos mas decisivos.

 

Senão vejamos:

Quando se fala em preservação do ambiente surge de imediato a protecção das fontes de água, da luta contra a poluição da água, do solo e do ar.


- Quanto à água, existem no concelho de Alpiarça 5 sistemas de abastecimento de água para consumo humano  Alpiarça, Casalinho, Frade de Baixo e Gouxaria, Frade de Cima e Zona Industrial -, constituídos por captação, condutas adutoras, estação elevatória, estações de tratamento, reservatório e rede de distribuição, cujas origens de água em quantidade e com qualidade nos permitem olhar para o futuro com uma grande dose de optimismo;

 

- A Vala de Alpiarça foi alvo de uma intervenção de fundo que permitiu despoluir este curso de água e cujo esforço diário de todos os cidadãos irá certamente permitir que não tenha sido em vão;

 

- As nossas terras, essencialmente utilizadas com fins agrícolas têm sido muitas vezes alvo de intervenções intensivas mas sem que com isso a sua qualidade se tenha degradado;

 

- Quanto ao ”lixo” e às lixeiras clandestinas que alguns teimam em fazer surgir, compete-nos a todos, num acto de cidadania, não permitir que sejam uma realidade;

 

- A nossa atmosfera e o ar que respiramos ainda continua a ser “ar do campo”, mas para que tal se possa manter é necessário que todos sem excepção se consciencializem que a utilização dos veículos que diariamente utilizamos tem que ser moderada.

Qual é a qualidade de vida que poderemos oferecer aos nossos filhos?

Quanto ao recurso ÁGUA, é indispensável assegurar que a água é uma fonte de Vida, mas também de sustentabilidade.

A  água como bem essencial que é, não deve ser esquecida
 
Como tem sido muito mal tratada pelas últimas gerações, foi entendido reservar-lhe um dia no ano - o dia 22 de Março -, de modo a que todos em geral, se consciencializassem da necessidade urgente de salvaguardar este recurso fundamental. Por isso mesmo, dada a sua importância vital, é fundamental que todos nós, a utilizemos racionalmente e que não pensemos nela apenas numa data, mas em todos os gestos do dia a dia, sempre que a utilizamos.

Quanto aos RESÍDUOS, vulgarmente designados por LIXO, muito ainda há para fazer, especialmente na sensibilização de todos. Para isso as nossas crianças são uma peça decisiva de todo este processo: serão eles que poderão tornar as atitudes dos adultos da próxima geração, ambientalmente sustentáveis.

 

- Reduzir a quantidade de resíduos produzidos, reciclar o “lixo” que produzimos e reutilizar todos os materiais que puderem ser reutilizados, são as únicas atitudes a tomarmos quanto a esta questão, valorizando tudo aquilo que puder ser valorizado. Cada cidadão europeu produz em média, 550 quilos de lixo urbano por ano, quando a meta proposta em 1993 no 5º Programa de Acção Ambiental era de 330 quilos. Dá que pensar!...

Também o nosso AMBIENTE URBANO tem sido preservado com a requalificação de espaços, dos quais se destaca o  Complexo Ambiental e Desportivo dos Patudos.

O desenvolvimento sustentável é um apelo a uma abordagem distinta do desenvolvimento: reconhece que as decisões tomadas numa parte do mundo podem afectar as pessoas de outras regiões e exige medidas ambiciosas que visem promover, a nível mundial, condições que apoiem o progresso e benefícios para todos.

Confrontados com a deterioração alarmante de ecossistemas essenciais para a vida, dirigentes mundiais reuniram-se na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, tendo em vista a realização de novas iniciativas para assegurar o desenvolvimento sustentável e a construção de um futuro próspero e seguro para os seus cidadãos.

Será que foi uma oportunidade histórica de enfrentar as graves e crescentes ameaças ao bem-estar da humanidade? "Joanesburgo pode e deve dar um novo  desenvolvimento sustentável", declarou o Secretário - Geral da ONU Kofi Annan. - ímpeto ao compromisso político em relação ao desenvolvimento sustentável", declarou o Secretário - Geral da ONU Kofi Annan.

O plano para alcançar o desenvolvimento sustentável foi aprovado há mais de dez anos, na Cimeira do Rio.

 Mas ... há ainda um longo caminho a percorrer.

“Para que os cidadãos participem inteligentemente e eficazmente na protecção do ambiente, é necessária uma tomada de consciência aprofundada, sendo necessário desenvolver atitudes, comportamentos, competências e práticas para poder viver de modo a melhorar a qualidade do ambiente e a reduzir a sua degradação.”
                                                                   (adaptado de UNESCO - Março 91 )


Divulgar os meios de actuação ao alcance do cidadão, poderá prevenir e/ou diminuir as agressões sistemáticas que se fazem ao ambiente e consequentemente poder-se aspirar a melhores padrões de qualidade de vida.

Os objectivos dos projectos de educação ambiental, são os que já em 1975 foram definidos na Carta de Belgrado:
 

Sensibilização - Promover a aquisição de uma sensibilidade em termos de dinâmica e da problemática do ambiente.


Conhecimento - Promover a aquisição de uma diversidade de experiências e a  compreensão básica do ambiente e dos seus problemas.


Atitudes - Promover a aquisição de um conjunto de valores e sentimentos efectivos de preocupação em relação ao ambiente e a motivação na melhoria e defesa do ambiente.


Participação - Dar oportunidade aos cidadãos para se envolverem activamente a todos os níveis na procura de soluções para os problemas ambientais
 

Competências - Promover a aquisição de competências para a identificação e a resolução dos problemas ambientais.


Estes objectivos poderão ajudar na criação do sentido de responsabilidade ambiental, indispensável para o êxito dos projectos de educação ambiental.

Vamos todos preservar o ambiente de Alpiarça em defesa das gerações futuras.

 .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .

* Vera Lúcia Santos Noronha
(Eng.ª Química,  Mestre em Eng.ª Sanitária)

voltar ao topo